Menos sono, menor longevidade

Menos sono, menor longevidade
Menos sono, menor longevidade

Dormir é uma necessidade biológica tão fundamental quanto comer ou respirar. No entanto, muitas pessoas ignoram a importância de uma boa noite de sono, seja por questões profissionais, estilo de vida ou até insónias. A realidade é que a privação de sono vai muito além do simples mau humor e sonolência no dia seguinte: menos sono, menor longevidade é uma verdade comprovada, já que dormir pouco aumenta consideravelmente o risco de doenças graves e pode até levar à morte prematura.

 

Menos sono, menor longevidade: Como a privação do sono afeta a saúde

 

Dormir menos do que o recomendado pode ter consequências graves, indo muito além da sonolência e cansaço. Menos sono, menor longevidade está associado a uma série de problemas de saúde graves, como doenças cardíacas, hipertensão e diabetes. Estes problemas, por sua vez, aumentam o risco de morte prematura. Para além de prejudicar o sistema imunológico, o sono insuficiente afeta o equilíbrio hormonal, o que pode levar à obesidade e problemas mentais como, por exemplo, depressão e ansiedade.

A National Sleep Foundation informa que o número de horas recomendado para um adulto saudável é de 7 a 9 horas por noite. Contudo, estudos mostram que mais de um terço dos adultos não atinge esse tempo ideal.

 

Impacto do sono na saúde

 

Dormir é um processo fisiológico essencial, durante o qual o corpo realiza uma série de atividades vitais para a manutenção da saúde. Quando se priva do sono de forma crónica, há consequências severas que afetam o sistema cardiovascular, imunológico e mental.

 

Primeiramente, a privação de sono está diretamente associada ao aumento da pressão arterial, o que contribui para o desenvolvimento de doenças cardíacas. Estudos mostram que pessoas que dormem pouco têm maior oportunidade de desenvolver hipertensão, o que, a longo prazo, pode contribuir para doenças cardíacas e ainda maior risco de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC).

 

Dormir mal interfere na capacidade do corpo de regular os níveis de glicose no sangue, o que prejudica a sensibilidade à insulina e, consequentemente, pode levar ao desenvolvimento de diabetes tipo 2.

Quando o corpo não descansa o suficiente, o mesmo reage com a produção de mais cortisol, uma hormona do stress que aumenta os níveis de glicose e dificulta o controlo do açúcar no sangue. Esta desregulação metabólica cria um ciclo perigoso, favorecendo a acumulação de gordura abdominal e a resistência à insulina, o que resulta num aumento significativo do risco de diabetes.

 

A falta de sono desregula as hormonas responsáveis pela fome e saciedade, como a leptina e a grelina. Isto leva a um aumento de apetite insaciável, especialmente por alimentos ricos em hidratos de carbono e açúcares e, por conseguinte, aumenta o risco de obesidade.

 

Durante o sono, o sistema imunológico realiza a reparação e fortalecimento das células de defesa. Quando o corpo não descansa o suficiente, estas funções são prejudicadas, o que resulta na produção reduzida de células imunes essenciais, tais como: linfócitos e citocinas. Com a privação do sono, as células de defesa ficam comprometidas, tornando a pessoa mais suscetível a infeções e doenças. Ademais, a privação do sono também pode prolongar o tempo de recuperação das doenças.

 

Dormir pouco está relacionado ao aumento de distúrbios mentais, como, por exemplo, depressão e ansiedade. A insónia e a privação de sono crónica podem desencadear episódios depressivos e aumentar significativamente os níveis de stress. Com o tempo, isso compromete a saúde mental, dificulta a concentração, a tomada de decisões e o bem-estar emocional geral.

 

Como melhorar a qualidade do sono e proteger a saúde

 

Compreender a importância do sono é o primeiro passo para evitar os riscos da privação. Algumas estratégias simples podem ajudar a melhorar a qualidade do seu descanso:

 

-Mantenha uma rotina de sono: Tente dormir e acordar sempre nos mesmos horários, inclusive aos fins de semana.

-Crie um ambiente propício para o sono: O quarto deve ser silencioso, escuro e confortável.

-Modere o consumo de cafeína e álcool: O consumo de cafeína à noite dificulta o sono, enquanto o álcool causa interrupções no ciclo do sono.

-Pratique exercícios físicos: A prática regular de atividades físicas melhora a qualidade do sono, mas evite treinos intensos à noite.

-Evite aparelhos eletrónicos antes de dormir: A luz azul dos smartphones, tablets e televisões interferem na produção de melatonina, a hormona do sono.

 

Em suma, dormir bem é um pilar fundamental da saúde. Priorizar o sono, adotar hábitos saudáveis e melhorar a higiene do sono é essencial para garantir longevidade e qualidade de vida.

 

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